Viper: clássico 'Theatre of Fate' relançado em vinil pela Fuzz On Discos
A Fuzz On Discos, união dos selos AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records, relança o clássico "Theatre of Fate", segundo álbum do Viper,
que atualmente promove o álbum "Timeless" (2023). Limitada em 500
cópias, a edição comemorativa de 35 anos vem com capa dupla e está
disponível nas versões vinil splatter azul, preto e picture LP.
"Theatre
of Fate", o sucessor de "Soldiers of Sunrise" (1987), trouxe a primeira
incursão do saudoso vocalista e tecladista Andre Matos pela música
clássica com "Moonlight", baseada Sonata Op. 27 n. 2, de Beethoven.
"'Moonlight' foi meu primeiro flerte com a música clássica misturada com
o rock pesado. Foi um grande laboratório para o que viria a seguir",
contou certa vez Matos à revista Roadie Crew em relação à sequência de
carreira.
O disco, porém, abre com a 'intro' "Illusions",
sugerida pelo produtor inglês Roy Rowland, que havia trabalhado com
Blind Fury, Kreator, Testament e Satan, entre outros. Já o hit
eternizado do repertório, "Living for the Night", inicialmente não tinha
a introdução pela qual ficou famosa. "Era rápida do início ao fim.
Nunca imaginaríamos que viria a se tornar a nossa música mais
conhecida", revelou Machado.
A formação da banda havia mudado em
relação ao debut. Na foto de contracapa e nas promocionais quem aparece é
o baterista Guilherme Martin, que vinha do Megaton e hoje brilha também
no Viper e no Zumbis do Espaço. Porém, quem registrou a bateria foi
Sergio Facci (Vodu, Volkana), que apontou outra clássica, "A Cry from
the Edge", como a mais difícil para gravar. "Naquela época, quando não
acertava tinha que voltar do começo; não existia Pro Tools",
confidenciou Facci, que estava substituindo Val Santos, trocado por
sugestão de Rowland. "Val foi responsável por muitos dos arranjos das
batidas. Ele participou de todo o processo de ensaios", salientou
Machado.
"At Least a Chance", que inicialmente tinha "At Least
the Time" como título, mostrou a ambição dos jovens – Matos tinha 17
anos de idade; Machado, 18; Yves Passarell, 19; e Pit Passarell, 20.
"Ela trazia riffs inspirados por melodias típicas da música erudita.
Esses elementos foram trazidos pelo Pit, não pelo Andre Matos", explicou
Machado.
Outras com títulos alterados foram "To Live Again", que
atendia por "Vanguard"; "Prelude to Oblivion" era "Prelude to Nowhere";
e a faixa-título se chamava "End of a Fate". O "teatro do destino" não
só manteve o Viper em evidência como comprovou a evolução musical dos
chamados "Menudos do Metal", um time obstinado em criar algo diferente.
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Viper | Foto: Cristina Mochetti
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