Resenha: Seu Juvenal – Rock Errado
Trazendo um som mais elaborado, o Seu Juvenal lança em formato de LP o disco “Rock Errado”, que na verdade deu foi muito certo! Os mineiros levam um som bem trabalhado e longe de improvisos, destacando muito a originalidade e explorando bem um lado mais “ácido” e não muito polido.
O quarteto mostra uma pegada bem oitentista com grandes nuances atuais, flertando também com um lado progressivo em certos momentos. Bruno Bastos tem um timbre bem variado de voz e o usa com bastante moderação preocupando encaixar bem a cada música. Os trabalhos de guitarra ficam por conta de Edson Zacca, que usa bastante distorções e cria excelentes linhas, assim como a cozinha de Alexandre Tito (baixo) e Renato Zaca (bateria) mantendo uma constância interessante e muito bem sincronizada.
As dez faixas aqui variam de acordo com o desenrolar do disco, como a excelente faixa de abertura “Homem Analógico” e a seqüente “Free Ordinária” que logo te leva a uma fase de ouro do rock nacional, bem elaboradas e com um belo destaque para os riffs engajados.
Umas das mais interessantes e com melodia impecável “Asfalto” rouba a cena também com uma letra completamente “psicodélica” e um refrão muito grudento, excelente! “Um dia de Fúria” parece ser algo experimental de muita qualidade, chegando a lembrar um artista bastante controverso “Beck”. A faixa título “Rock Errado” é intensa, pesada e homogênea, com uma pegada muito consistente, destaque para a bateria que não para.
“Burca” ganhou um vídeo clipe muito interessante, assim como a música, que é realmente uma viagem, passando por um punk mais progressivo com excelentes arranjos no decorrer da canção. Então, Seu Juvenal vai bem obrigado! Acertou em cheio com seu rock instigante e original.
Nota: 10
Músicas:
Lado A:
1- Homem Analógico
2- Free Ordinária
3- Antropofagia Disfarçada
4- Asfalto
5- Louva-A-Deus
Lado B:
1- Um Dia De Fúria
2- Rock Errado
3- Moleque Dissonante
4- A Chuva Não Cai
5- Burca
Banda:
Bruno Bastos – vocal
Edson Zacca – guitarra e violão
Alexandre Tito – baixo
Renato Zaca – bateria
Resenha: Leandro Fernandes
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