Circus Maximus estréia em São Paulo agitando o Hangar 110
Fonte foto: facebook oficial do Circus Maximus
Em meio a propaganda eleitoral gratuita, políticos dizendo o mesmo blá blá blá de sempre, guerra em
Brasília e população dividida entre impeachments históricos, São Paulo cede o palco para os noruegueses do Circus Maximus.
Esses descendentes dos vikings desembarcaram pela primeira vez no país, finalizando sua tour mundial, no Hangar 110 nesse último sábado (17/09/2016). Michael Eriksen – Vocal, Mats Haugen – Guitarra, Glen Møllen – Baixo, Truls Haugen – Bateria e Lasse Finbråten – Teclados, agitaram e fizeram a galera pular no Hangar.
A casa estava bem cheia, as portas abriram as 19. Somente as 21:15 os avisos começaram a passar no telão, dando as instruções usuais. O público estava comedido por hora, nada de muita agitação. O som de abertura pairou no ar, as cortinas se abrem e no palco Truls e Lasse já estão em suas posições. Logo entrem ao palco Glen e Mats, claro finalizando com o grande Michael. Vou confessar: o palco estava muito pequeno para esses gigantes.
Eles abrem com a sequência: “Namaste”, onde Truls mostra seu vocal gutural super afiado, “A Darkened Mind” e “Sinc”. O show todo Michael foi um belo frontman, ele levou uma “cola” com algumas palavras em português – repetindo-as durante o espetáculo, com uma pronuncia razoável para um norueguês! Mas particularmente acho muito simpático quando eles tentam aprender umas frases e falam com a gente. A frase era: Vocês querem mais uma música?
A galera curtiu muito o show todo, Michael sempre pedia palmas, pedia para pularem, para cantarem junto o refrão, e foi prontamente atendido. Muito perseptivo foi a conexão que eles tem no palco, um soncronismo ímpar. Foram muito simpáticos e sorridentes, transparecendo a alegria de tocarem e que fazem aquilo com amor e paixão.
A qualidade do som estava boa, alguns problemas técnicos com a guitarra e a bateria apareceram, mas os roadies deram conta rapidinho. Em um certo momento no show, um fã disse ao Michael que a guitarra estava baixa, e ele pediu para a pessoa ir para o lado da guitarra porque onde ele estava era o baixo, com muita simpatia.
O tempo todo Glen e Mats atiravam palhetas para o público. Reparei que Glen sempre iniciava as músicas usando palheta, mas logo se livrava delas e tacava os dedos nas cordas.
Foi um show intenso, cheio de momentos de puro metal, e nuances mais calmas e psicodélicas, um equilibrio que essa turma combina muito bem. Os duetos entre a guitarra e o teclado forma impecáveis, os vocais do Michael estavam perfeitamente afinados e combinados ao clima. Muitos sons rolaram, de todos os álbuns.
Mas nas últimas três músicas, a galera se agitou muito, pularam bastante, Micheal que vinha agradecendo o público pelo carinho disse: “Vocês são loucos, o circus maximus adora gente louca!”
No final, Michael anuncia que irá descer para conhecer todos, já que era o último dia da turnê, imagina esses fãs nesse momento? Pois é. Depois de jogarem as palhetas, baquetas, distribuirem set lists, tirarem fotos e tudo mais, eles vieram para a galera e tiraram mais fotos, foram muito tietados, deram muitos autografos e realmente festejaram com seus fãs o fim de sua turnê, e pela primeira vez em solos brasileiros.
E que essa seja a primeira de muitas! Um belíssimo show sonoricamente e de humildade!
Parabéns e obrigada!
Set list:
Intro: Planet of the Apes: Opening Titles/ Forging
- Namaste
- A Darkened Mind
- Sin
- Havoc
- Glory of The Empire
(Intro of “The 1st Chapter)
- Arrival of Love
- Highest Bitter
- Architect of Fortune
- Abyss
- Alive
- Ultimate Sacrifice
- The One
- I Am
Encore:
- Chivalry
- Game of Life
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