Resenha: Semblant – Lunar Manifesto
A cada ano que se passa, a cidade de Curitiba nos presenteia com grandes bandas, a bola da vez agora se atende pelo nome de Semblant. Ao primeiro contato que se tem com a banda, logo se pensa em ser mais uma entre as previsíveis symphonic / ghotic metal, se antes de escutar o disco teve esse sentimento, digo que está completamente enganado.
O que se encontra aqui é algo que realmente chama a atenção e agrada logo na primeira audição. Mizuho Lin e Sergio Mazul (vocais) conseguem criar um duo de vocais realmente perfeitos, pois se torna algo bem imprevisível e curioso, guturais e urros são bastante dosados e bem encaixados, a voz de Mizuho é potente e segura, dando um clima soturno e gélido a cada frase cantada, algo de pura perfeição. Os riff’s compostos estão bem a linha do estilo Ghotic, mas a pegada Dark inovada fala mais alto e a parte que faz a diferença dentro do estilo que são baixo, bateria e teclado, se encontram em perfeita sincronia, destacando mais o teclado pelo fato de ser um instrumento que é muito exigido, podemos notar um excelente trabalho de J Augusto, que não esbanja notas e sempre aparece no momento certo, deixando assim cada música com sua identidade única e bem longe dos clichês.

As onze faixas contidas no compilado seguem a mesma linha, sem se inventar ou variar demais dentro da proposta, mostrando bastante qualidade e talento. O clima sombrio e pesado prevalece e marca presença na potente “Incinerate” que abre o disco, com uma pegada bastante Dark e vocais agressivos, já mostram realmente que podem estar entre os destaques do ano. Seguindo para “Dark of the Day” nota-se um excelente trabalho da cozinha juntamente com os teclados e o refrão gruda no cérebro de maneira surpreendente.
“What Lies Ahead” segue com um gótico “oitentista” ao longe, com bastante pegada e técnica na bateria e ótimas linhas da excelente vocalista, ótimo refrão também. Em uma linha um pouco melódica e cadenciada “The Shrine” tem vocais agressivos e “rasgados”, coisa que muda completamente com “Bursting Open”, bastante diversificada e imponente. “Mists Over the Future” tem um belo riff de inicio acompanhado de um teclado bem sutil e melancólico que dura praticamente por toda a música.
Com esse excelente trabalho dos curitibanos, podemos sim destacar a força que o Metal Nacional sempre possuiu. “The Hand That Bleeds”, “Selfish Liar” e “Ode to Rejection” são realmente matadoras, a primeira citada dessa “trinca” tem um dos refrãos mais instigantes do disco, estando entre uma das grandes.
Enfim, se estava cansado daqueles sons previsíveis e já cansativos, o Semblant mostra que está longe de ser uma banda que irá cair na mesmice. Excelente disco!
Nota: 09
Banda:
- Mizuho Lin (fem. vocal)
- Sergio Mazul (male vocal)
- João Vitor (bass)
- Sol Perez (guitar)
- Juliano Ribeiro (guitar)
- Thor Sikora (drums)
- J. Augusto (keyboards)
Músicas:
- Incinerate
- Dark of the Day
- What Lies Ahead
- The Shrine
- Bursting Open
- Mists Over the Future
- The Hand That Bleeds
- Selfish Liar
- Ode to Rejection
- The Blind Eye
- Scarlet Heritage (Legacy of Blood PTIII)
Resenha: Leandro Fernandes
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