Resenha: The Leprechaun – Long Road
Inovador e desafiador, assim pode-se definir o debut “Long Road”. O The Leprechaun consegue destilar muito bem um som Folk com várias influências Blues e um Country bem americanizado, claro, a pegada rock é a essência de tudo.
A banda passou por uma reformulação no ano de 2012 e essa mudança trouxe bastante maturidade e originalidade ao som. O grande diferencial é o uso de banjo e arranjos de violino, tornando assim um disco bastante atrativo para quem gosta de um estilo completamente diferente. O que se encontra aqui é um Folk Rock legítimo com uma pegada acústica.
A vocalista Fabiana Santos tem uma bela voz que se encaixou perfeitamente ao estilo imposto pela banda, chegando a lembrar em alguns pontos os irlandeses do The Corrs e também a excelente banda Fleetwood Mac. Algo curioso que encontramos na banda é o fato de não usarem guitarras, sendo que instrumentos de corda ficam por conta de violinos, banjo e violões. Rafael Schardosim consegue com facilidade e precisão tocar o seu banjo que é evidente em todo o disco e muito bom de escutar. Algo que exige bastante destreza em bandas com essa pegada é a qualidade que a cozinha é executada, pois é algo que pode comprometer o disco drasticamente. Esse quesito no disco é muito fantástico devido à grande experiência que Eric Fontes (baixo) e Fernando Zornoff (bateria) dominam seus instrumentos.
![CD Digipak (4 Panel One Pocket) [CDDG4T1-004]](http://www.imprensadorock.com.br/wp/wp-content/uploads/2014/11/theleprechaun_longroad-450x450.jpg)
As doze faixas seguem a mesma linha e mudam em poucas coisas, deixando assim um disco mais uniforme e sem se perder dentro da proposta. “Culprits And Victims” e “Melancholic Singings” abrem o disco com um misto de peso e transparência, sendo a segunda citada se mostra uma música mais animada e contagiante. “Dead Stars” entra em uma pegada mais melancólica, com um peso na bateria e um refrão bem grudento, mas muito bom de ouvir, pois Fabiana tem uma voz suave e usa de muita técnica para executá-la.
“Blood Puddles” e “They Won’t Control Our Feedom (For a Day)” são interessantes por se mostrarem mais animadas, mas logo se nota uma pegada também melancólica, deixando o som mais atrativo, a banda consegue essas mesclas que deixam o disco bastante agradável. Já em “How Brave We Are” o som é mais orgânico e arrastado, uma música interessante e diferente. “Lemon Trees” tem uma pegada bastante americanizada, com uma levada bastante empolgante. “Hold The World”, “Man Of Tiananmen” e “Hello Stranger” parecem ser uma sequência divida em três partes, isso pelo fato das mesmas se mostrarem em uma sincronia realmente perfeita.
“Hide Your Love” e “The Hope At the And” encerram esse disco. O The Leprechaun pode se orgulhar do trabalho que fazem, pois a originalidade e a confiança em tudo que fazem estão em alta e dão amostras que isso está longe de acabar. Grande banda e excelente disco! Escute de mente aberta e divirta-se, pois diversão aqui tem de sobra.
Nota: 09
Músicas:
- Culprits And Victims
- Melancholic Singings
- Dead Stars
- Blood Puddles
- They Won’t Control Our Freedom (for a Day)
- How Brave We Are
- Lemon Trees
- Hold the World
- Man of Tiannanmen
- Hello Stranger
- Hide Your Love
- The Hope at the End
Banda:
- Fabiana Santos – Vocais
- Bruno Stankevicius – Guitarras
- Paulo Sampaio – Guitarras
- Eric Fontes – Baixo
- Rafael Schardosim – Banjo
- Andrew Nathanael – Violino
- Fernando Zornoff – Bateria
Resenha: Leandro Fernandes
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