Dark Dimensions Folk Felstival II @ Espaço 555 – São Paulo/SP (20/10/2018)
Neste último sábado rolou no Espaço 555, a segunda edição do Dark Dimensions Folk Festival, muitas cabeleiras regadas ao som do Viking e Folk metal, mergulharam em muita cultura medieval e pagã.
O evento prometia ter cinco bandas nessa edição, mas a Arandu Arakuaa, por motivos logísticos, infelizmente não pode comparecer. Quem sabe no próximo!!
Contamos com as Brazucas: Burning Christmas e Hugin Munin, e com as internacionais Týr e Arkona.
E, não podemos deixar de mencionar a participação do grupo de batalha medieval “Ordo Draconis Belli”. Fizeram apresentações intensas nos intervalos das bandas, animando e agitando a galera.
Burning Christmas
Apesar de enfrentarem problemas no som, mandaram muito bem. Esses paulistanos recém chegados ao mercado metaleiro, fazem um som cheio de boas influências e com de atitude. Em geral, encheram o palco, mandaram ver e a galera super curtiu.
Line Up:
Magnus J. Ribeiro – teclado
Leandro Tristae – bateria
Cristiano Oliveira – baixo
Bruno Ferreira – guitarrra
Marcos Brito – guitarra
Hugin Munin
Os já consagrados Vikings brasileiros sobem ao palco com muita garra e atitude. Infelizmente também enfrentam problemas com o som, hora com o mic, hora com os instrumentos, mas Surt pede, com muito profissionalismo, para que melhorem o som, chegando a parar para isso após a abertura. O som segue com problemas, mas eles mandam ver no palco, sem frescuras e com muita garra. O ponto alto do show ficou com um dos hinos da banda “Hail Odin”, que Surt chama dizendo que acredita que todos no recinto são devotos de Odin. A galera vibra muito, canta pula, faz circle pit e interage demais com essa turma. Foi um belo show, com problemas técnicos, mas contornados.
Line Up:
Surt – vocal
Thorgrim – guitarra
Hjalmar – guitarra
Sigurd – baixo
Modi – bateria
Týr
Essa trupe veio para abrilhantar os palcos do fest. Fizeram uma apresentação cheia de energia no palco e em baixo dele. Mesmo com a saída de Terji Skibenæs (guitarra) e Amon Ellingsgaard (bateria), esses incríveis dinamarqueses logo convocaram Attila Vörös (Satyricon/Nevermore/Warrel Dane) e Waltteri Väyrynen (Paradise Lost/Vallenfyre)., que pareceram se integrar perfeitamente aos colegas, destaque para Attila, que mesmo na parte mais escura do palco, fez sua luz brilhar intensamente, com o sorriso no rosto o tempo todo.
O grupo segue na estrada promovendo o elogiado álbum “Valkyrja” (2013 – Metal Blade). Existem informações que em breve teremos um novo álbum da banda. Que venha!!!
O Týr usa a temática mitológica em suas letras, unindo a música folk e o heavy metal. E fazem isso com muito carisma e originalidade. O show foi muito animado e cheio de interações entre a banda e seus ávidos fãs. Pontos altos do show, se bem que o show todo foi maravilhoso, “Hail to the Hammer” – a qual Heri introduz dizendo: vamos tocar a primeira música do nosso primeiro álbum, levando a galera a loucura. E, a finalização, que ficou por conta do hino da banda “Hold The Heathen Hammer High”, Heri brinca que só vai seguir com essa por que os fãs ali mereceram. Encerrando assim o belíssimo espetáculo, abrindo espaço para a Arkona, que entra no palco em seguida.
Line Up:
Heri Joensen – guitarra e vocal
Gunnar Helmer Thomsen – baixo
Tadeusz Rieckmann – bateria
Attila Vörös – guitarra
SET LIST TYR
- Gates of Hell
- Blood of Heroes
- Mare of My Night
- Grindavísan
- The Lay of Thrym
- Hall of Freedom
- Regin Smiður
- Gandkvæði Tróndar
- Sinklars Vísa
- Hail to the Hammer
- Turið Torkilsdóttir
- Grímur á Miðalnesi / Wings of Time
- Tróndur Í Gøtu
- By The Sword In My Hand
- Hold The Heathen Hammer High
Arkona
E então, no palco, a grande Headliner da noite: Arkona!!!
A banda Russa já tem seu solo consagrado e demarcado no País, é um dos grupos mais renomados do folk metal mundial. Fez um show incrível e encantador, digo encantador, pois observei o publico boquiaberto na maioria. Masha, sempre é um show a parte, parece entrar em transe durante todo o espetáculo, trazendo ao palco uma figura iluminada e com energia de sobra, seu vocal agressivo e contundente é realmente impressionante ao vivo.
A banda excursiona com a turnê promocional do recém-lançado álbum “Khram” (2018). Álbum que explora bastante a musicalidade de todos os integrantes, especialmente da frontwoman.
Formada em Moscou, o Arkona representa uma sonoridade peculiar com grande influência do folclore russo, da mitologia eslava em suas letras e sua música incorpora instrumentação tradicional. Todas as composições da banda são cantadas e batizadas em russo, sendo seus álbuns também nomeados nesta língua e com todas as escritas em alfabeto cirílico.
Masha segue o set concentradíssima em sua performance, chegamos a ver todo o corpo dela estremecer em torno das canções, muitas cabeleiras no ar, um clima místico toma o ar do Espaço 555.
Foi um show fantástico, na maior parte, o publico ficou foi boquiberto mesmo, mas nas mais dançantes, houve interação, pulos e palmas, haha.
Para a master finalização, “Yarilo”, entoada purificando a energia do ambiente e do palco, o publico todo canta e pula junta com os russos. Foi uma belo show, aplaudido por todos.
Line Up:
Masha “Scream” (vocal),
Sergei “Lazar” (guitarra),
Ruslan “Kniaz” (baixo),
Andrey Ischenko (baterista) e
Vladimir “Volk” (wind ethnic instruments)
SET LIST ARKONA
- Mantra (Intro)
- Shtorm
- Kissing The Life
- The Temple
- In Pursuit Of The White Shadow
- Mantra (Outro)
- Goi, rode, goi!
- Zakliatie (Incantation)
- Arkona
- Arkaim
- Skvoz’ Tuman Vekov (Through The Mist of Ages)
- Stenka na Stenku
- Yarilo
Esperamos que muitos desses venham. A oportunidade de festejar e agrupar a alma pagã e mistica é maravilhosa. Hail Odin!!!
Fotos: Rafael Andrade
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