Amorphis: celebrando novo álbum com show em São Paulo
A banda finlandesa de doom, metal progressivo, se apresentou em São Paulo nesta última sexta-feira.
O show foi realizado no Hangar 110, bem no centro da cidade. A abertura das portas começou por volta das 19h, mas a banda só subiria ao palco 21h. Nesse meio tempo, muitas pessoas entraram, o que estava vazio no começo virou casa relativamente cheia.
Resenha por: Yasmin Amaral
Credenciamento: The Ultimate Music
Edição: Victor Santos
Até o ínicio do show muitos fãs se aglomeraram para ver a perfomance do Amorphis e descobrir se mudariam algo em seu setlist especialmente para o Brasil, mas não aconteceu. A apresentação dos membros da banda foi pontual, às 21h iniciaram com a música-título do álbum “Under the Red Cloud”, de 2015.
Em muitos comentários que ouvi, elogios à Tomi Joutsen (vocalista) não faltaram, sua presença de palco e seu microfone personalizado vem conquistando cada vez mais fãs da época clássica do Amorphis, antes de sua entrada.
Seguiram o show com “Sacrifice” e “Bad Blood” ainda para promover o álbum “Under the Red Cloud”. A execução de todas foi bem trabalhada pelas cordas, responsabilidade de Esa Holopainen (guitarrista-solo), Tomi Koivusaari (guitarrista-base) e Niclas Etelavuori (baixista), mas só chegaram nas faixas clássica na sexta música, com as clássicas “On Rich and Poor”, do álbum “Elegy” de 1996 e “Drowned Maid”, do álbum “Tales from the Thousand Lakes” de 1994.
“Relief”, a música instrumental do álbum “Elegy” também foi executada com perfeição por Santeri Kallio (tecladista) e Jan Rechberger (baterista).
Incrivelmente “Hopeless Days”, do álbum “Circle” de 2013 e “House of Sleep”, do álbum “Eclipse” de 2006 tiveram uma das melhores interações entre público e banda.
Depois de uma hora e meia de show, a banda agradeceu e se despediu de todos, mas os fãs não desistiram, chamaram pelo Amorphis para que fosse realizado o encore. E assim foi, executaram mais 3 músicas, fechando com “Black Winter Day”, outra clássica para deixar todos ansiosos pela volta da banda à grande São Paulo.
A única ressalva que devo fazer é sobre a interação da banda, a presença de palco, que pareceu bem frágil, mas o tamanho do palco pode ter dificultado a locomoção dos seis membros que fazem parte da formação.
O Amorphis não apresenta nenhum medo de deixar sobressair as músicas dos lançamentos mais recentes, por conta dos fãs mais chatos, mas o público recebeu muito bem tanto as músicas mais antigas quanto essas últimas, o amor pela banda prevalece o mesmo.
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